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25.12.15

Feliz Natal!!

Oi pessoal, tudo bem?
Como vocês sabem, este é o quarto Natal da Beatriz e nós já passamos cada perrengue que até dá para escrever um livro. Livro grande, tipo Umberto Eco. E algumas pessoas já tinham me avisado que as coisas tendem a melhorar à medida em que a criança vai crescendo, pois ela vai aproveitando melhor a festa.
Tudo bem, eu até gostaria de dar um voto de confiança a estas "pessoas", mas a quantidade de acontecimentos do ano e a necessidade de servir a ceia de Natal perto da meia-noite (nunca entendi), me fizeram manter nossa rotina ao máximo.
No dia 24, atendendo a pedido das minhas cunhadas, ceamos na minha sogra e o jantar foi servido às 20h. Beatriz comeu pouco, porque ela não é muito fã de carne de porco (era pernil), mas comeu arroz e a sobremesa. Às 22h estávamos em casa e ela dormiu pouco depois disso. Sem choro, sem stress, sem familiares "pegando" na pequena ou atormentando-a porque ela queria ficar de chupeta e dormir. Porque se tem uma coisa que a tira do sério é o povo que fica "tira a chupeta", "não vai dormir", "para de correr", e etc.
Hoje, no dia 25, o almoço foi no sítio do meu pai e o esquema é bem mais light. Chegamos às 11h30min e minha madrasta já estava com um salmão assado no ponto para a Beatriz, que o devorou rapidinho. No almoço, que foi servido perto das 14h, ela comeu mais peixe, bicou a farofa e, depois de trocarmos os presentes, ela ainda atacou um abacaxi e mais sorvete de chocolate, ou "coate", como ela chama (da LaBasque, tá, gente). 
As sonecas nesta idade são menos essenciais, então ela aguentou muito bem, até porque minhas primas e meu irmão brincaram com ela o tempo todo. Depois ela dormiu mais meia-hora na volta e está super, mas super, cansada.
Sim, tenho de admitir, este Natal foi muito sossegado. A gente se cansou, lógico, mas muito menos do que se fôssemos dormir a uma da manhã e acordássemos às 07h (que é o horário habitual dela).
Sim, eu continuo com a recomendação: RELAXEM, mas procurem não estressar as crianças ou modificar o horário do sono por conta de festas, porque nem todas as crianças entendem o conceito de que "hoje é a exceção da rotina". O familiar que "reclamar" será sumariamente repreendido - até porque ele/ela não vai estar no dia 25 com uma criança que acordou cedíssimo e está ranheta até o limite - ou ouvirá um carinhoso "você tem outros 364 dias para aproveitar com ela e ela não vai estar estressada".
E nada paga o preço da reação maravilhosa que Bibi teve ao ver sua Bela embaixo da árvore de Natal, após mamãe ter falado "vamos dormir para o Papai Noel trazer seu presente". 
Pessoal, Feliz Natal! Espero que vocês tenham aproveitado!
XO

13.12.15

Minha filha é diferente

Oi pessoal, tudo bem?
Quem acompanha o blog sabe que eu sou dramática, que meus sentimentos são sempre à flor da pele, que é tudo intenso e bota intenso nisso. Então preparem-se para um post que mostrará bem a minha demência intensa.
Já contei aqui para vocês do atraso de fala da Beatriz. Estamos com a fono há cinco meses, uma vez na semana, e estávamos vendo um pequeno progresso. Pequeno, mas progresso. Percebemos que as coisas poderiam andar melhor quando a escola nos chamou e novamente ressaltou a dispersão da Beatriz nas rodas de história ou nas situações em que ela "tinha" de ficar sentada. Fomos ao pediatra e o mesmo nos recomendou consultar um neuropediatra, fazer uma audiometria e.... wait for it... colocar a Beatriz em período integral na escola.
Pausa.
Eu fiquei sem chão. Que problema ela poderia ter? E, pior, o que meus sogros - que ficam com ela meio período - iriam dizer?
A parte dos sogros foi - ou está sendo a mais difícil - porque eles não aceitaram e foi deflagrada a terceira guerra mundial. Estamos agora na Guerra Fria (se alguém apertar um botão, todo mundo morre, rs).
À guerra se somou a ansiedade gerada pelo resultado que tivesse com o neuropediatra, resultando numa depressão mediana na mamãe aqui. Estou devidamente tratada e agora consigo colocar as ideias numa linha reta para escrever o que aconteceu.
Fomos em dois profissionais e o resultado foi o mesmo: a Beatriz não aparenta ter nenhum problema neurológico e, descartadas as causas comuns de atraso (paralisia cerebral, autismo e deficiência auditiva), tivemos o diagnóstico de distúrbio específico de linguagem (ou DEL ou, em inglês, Specific Language Impairment). É uma dificuldade específica em formar frases e produzir palavras, que não se relaciona com nenhum outro distúrbio.
Ela precisa do acompanhamento fonoaudiológico e, eventualmente, de uma psicóloga comportamental. Quando ela adquirir a linguagem, a questão da falta de atenção deve melhorar, segundo os médicos. Um deles se apaixonou pela Beatriz, e ela interagiu a consulta toda, conversou com ele (na língua dela) e ele nos deu plena tranquilidade de que, adquirida a linguagem, ela vai prestar mais atenção.
Porque a linguagem é tudo, gente. Nossa, como eu demorei para perceber isso. E só agora posso "aceitar" plenamente que minha filha tem um atraso, que afeta TUDO na vida dela. Não fizemos nem desfralde... Ela raramente me diz o que quer comer... E, quando diz, é uma festa!
Fomos a uma festa com teatrinho e foi uma loucura. Toda hora a apresentadora pedia para a Beatriz se sentar. Todas as crianças sentadas e ela levantava toda a hora para mexer nos fantoches ou no coelho ou na pomba... Isso me incomodou muito ontem, foi motivo de stress, mas hoje já consegui raciocinar: ela é diferente. Por que ela deveria ficar sentadinha como um carneirinho (nas palavras da minha mãe)?
Eu imagino que o atraso da linguagem cause esta falta de obediência aos comandos do convívio social. Mas não consigo fechar meus olhos e achar normal que uma criança de três anos não possa passar a mão na pobre da pomba que está no teatrinho... Será que estou louca?
Tem horas que eu choro. Minha filha não tem nada grave. Daí eu paro. Daí eu escrevo. Daí eu aceito e penso que a fono vai resolver e a terapia vai ajudar.
Vamos em frente.
XO
P.S. Estou sempre aberta a sugestões, conselhos, opiniões e indicações de profissionais. Os comentários estão aí!!

10.11.15

Vamos viver de modo mais sustentável?

Oi pessoal, tudo bem? 
Este ano só estamos falando da crise, não é? Todo mundo reclama dos preços, dos aumentos, da inflação... Pelo visto, a economia não deve melhorar tão cedo e estamos diante de um período recessivo longo e dolorido (segundo os analistas). 
Nestes períodos, temos de tirar algumas lições e modificar nosso estilo de vida. É importante conversar com as crianças maiores sobre a necessidade de economizar e de ajudar na casa. Isto funciona super bem na crise e cria cidadãos responsáveis. Tenho memórias muito vívidas dos anos da "inflação galopante", das idas ao mercado para voltar com três carrinhos cheios porque o preço ia subir, das dificuldades para fechar as contas. Não creio que isto seja o cenário, mas as adversidades são interessantes para o aprendizado e, obviamente, para construir patrimônio, seja ele monetário ou intelectual. Porque como dizia meu avô: "quem guarda, tem". 
Tenho algumas dicas para compartilhar com vocês:
- reveja seu orçamento. Numa planilha, registre o que ganha e o que gasta. Veja o que dá pra cortar e procure reservar vinte por cento (ou mais!) da sua receita mensal para emergências. Comece depositando na poupança e, quando você tiver um bom capital, pesquise opções de investimentos como o Tesouro Direto ou o CDB com baixas taxas de administração. Você vai ver a diferença! 
- os produtos de limpeza pesam na nota do mercado e, por isso, pesquise marcas mais baratas para substituir. Existem alternativas ao OMO e ao Comfort. O vinagre branco, por exemplo, é excelente amaciante de toalhas. 
- as fraldas descartáveis são caras e você pode também considerar marcas mais baratas ou a fralda de pano, que já falei aqui. 
- com os novos encargos das domésticas, uma babá pode sair mais caro do que a escola (até me dói dizer isso). Hoje as escolas são essenciais ao desenvolvimento da criança e podem trazer alívio ao orçamento.
- troque as lâmpadas da sua casa por Led. São mais econômicas e duram mais. 
- reveja sua conta de celular e TV a cabo. Veja se você usa todos os serviços contratados e cancele o desnecessário. Aqui em casa estamos só com internet e Netflix e estamos economizando R$ 200 no mês.
- desligue os aparelhos das tomadas. Os aparelhos em stand-by acabam consumindo energia elétrica. 
- frequente feiras livres e mercados municipais. As frutas e verduras são mais frescas e mais baratas. Prefira os produtos da época. 
- guarde as aparas dos legumes e das verduras em sacos no freezer para fazer caldos. 
- frutas baratas que sempre agradam os pequenos: banana, laranja e abacaxi. As bananas viram sorvete depois! 
- quem não gosta de fast food? Faça em casa! É muito mais saudável e barato! Compre batatas escovadas ou do tipo asterix, corte em palitos e faça no forno ou na Air Fryer. Quer fritar? Use óleo de milho e maneire, rsrs.
- a proteína é essencial no prato dos pequenos e a carne de vaca não para de subir, certo? Eu tenho preferido o baby beef ao contrafilé para bife e compro miolo de acem moído para hamburguer e ragu. São carnes gostosas e em conta. 
- faça seu tempero caseiro. Bata no liquidificador cebola, alho e alho poró com vinagre de maçã e um pouco de sal. Guarde a pasta em vidros esterilizados (pode ser congelado).  Use para refogados, assados, temperar o arroz...
- roupas. Toda a criança perde roupa rápido. Compre sapatos em promoção e em números maiores. É incrível como se encontra tênis por menos de $50,00 nos números maiores. Idem com as roupas. Aventure-se nas lojas populares para as roupas do dia a dia e mantenha poucas peças chiques para festas e fotos.
- quer viajar nas férias? Vá fora de temporada e em fins de semana sem feriados. Você vai encontrar locais vazios e com diárias muito mais baratas. Vai de avião? Junte pontos no cartão e troque por passagens aéreas!
- deixe o carro em casa e use transporte público. Eu tenho feito isto e uso o metrô, que é cheio, mas até compensa. Compre o bilhete fidelidade nos guichês do bilhete único e pague bem mais barato por viagem. 
Vocês têm alguma dica? Compartilhem!
Espero que tenham gostado!
XO

27.10.15

Dica rápida: Fraldas de pano

Olá pessoal, tudo bem?
Estamos aqui um pouco sumidas do blog, mas, dentre os preparativos para os 3 anos da moça e as idas e vindas de médicos (vou fazer um post detalhado sobre isso), sobrou pouco tempo para escrever...
Como vocês sabem, estamos adiando bastante o desfralde da Beatriz por conta das inúmeras mudanças que estão acontecendo, como a retirada da mamadeira, da chupeta e o desenvolvimento da fala. Com o apoio do pediatra e a nossa autoconfiança, resolvemos deixar essa etapa para mais tarde, preferencialmente para o alto verão.
O preço desse desfralde tardio - e aqui já fica o alerta - é a irritação da pele. Percebemos o surgimento de pústulas na virilha e no bumbum, que não doíam mas que estavam com a aparência um pouco alarmante. 
No meio tempo entre o surgimento destas e a consulta do pediatra, a primeira providência foi trocar as fraldas - eu usava a Huggies Supreme Care e estamos agora com a Pampers Premium Care. Depois, suspendi o Desitin e comecei a usar a pomada da Weleda. Só estas duas coisas já fizeram diferença, mas faltava algo.
Fuçando na internet, descobri as tais das fraldas de pano modernas e resolvi comprar dois modelos da marca Dipano: uma com velcro amarela e outra com botões estampada com joaninhas. O sistema parecia bem simples: um absorvente é colocado no bolso e outro, descartável ou não, era colocado sobre a fralda. O vídeo deles é excelente:
Por R$ 189,20, comprei as duas fraldas mais quatro absorventes de bambu. E ainda fui presenteada com uma amostra grátis dos absorventes descartáveis e biodegradáveis, que podem ser descartados no vaso sanitário. Estes ainda não testei, mas a ideia parece interessante. 
Continuando, quando as fraldas chegaram, as enxaguei conforme as instruções (só com água mesmo) e fui correndo mostrar para a Bia, que andava arredia à troca de fraldas. E não é que ela gostou? Eles ficam bem bundudinhos, mas as fraldas são muito eficientes.
E quem amou foi a mamãe aqui. As fraldas não vazam, são fáceis de enxaguar e você joga os resíduos sólidos no vaso. Elas são macias, confortáveis e bem respiráveis, além de dispensarem o uso da pomada. Após cada troca, eu enxáguo o absorvente externo e vou acumulando no balde. À noite, vai tudo para a máquina, em água fria, com um tantinho de sabão líquido para bebê e sem amaciante. Depois, seco no varal e elas estão cheirosas no dia seguinte.
Obviamente eu só uso em casa, não mando à escola e continuo com as descartáveis em passeios. Mas estão super aprovadas e eu recomendo!
Espero que tenham gostado!
XO

24.9.15

Preciso falar sobre isso

Já faz algum tempo que eu tenho acompanhado o Blog Temos que falar sobre isso e me emociono muito com os relatos, todos reais. Os de perda gestacional me emocionam muito, vou às lágrimas ao imaginar que isto pode acontecer com qualquer um, e como tive ótimas oportunidades de cuidado na minha gestação e no pós-parto.
Neste momento alguém pode bravejar que eu não poderia reclamar de nada, porque minhas condições sociais me proporcionaram o melhor disponível na medicina e em termos de qualidade de vida gestacional. Tá bom, tá bom, se você pertencer a este grupo, pare de ler este post e vá procurar os blogs de "diquinhas" e de publiposts.
Não estou me desfazendo das condições, mas queria levantar uma bandeira em prol de tantas mães trabalhadoras, que deixaram seus filhos com terceiros e, em muitas vezes, tiveram de interromper a amamentação para retornar ao trabalho. Ou perderam suas carreiras pela gravidez.
Vamos dividir o assunto em partes.
Primeiro, quando a mãe retorna ao trabalho após quatro ou seis meses de licença, é extremamente difícil manter a amamentação exclusiva, se considerarmos apenas os aspectos "bestas": distância entre o trabalho e a creche/casa da vó; falta de estrutura da empresa para receber as mães amamentando; cansaço geral pelo acúmulo da vida profissional com a vida materna com a vida doméstica. Parem para pensar: é fácil?
Esta falta de apoio da comunidade/sociedade com a mulher que amamenta abre espaço para que a indústria de fórmulas infantis se expanda, oferecendo algo que "seria melhor que o leite materno". 
Grude essa mensagem na sua testa: NÃO. EXISTE. NADA. MELHOR. DO. QUE. O. LEITE. MATERNO. Torne seu mantra. 
Eu lutei para amamentar e contei minha história para vocês. Bia tomou fórmula desde sempre e, pasmem, começou a tomar leite de vaca aos oito meses. Alguém gritou aí? Eu ouvi. Calma. O pediatra receitou e seria uma prova de fogo para APLV e intolerância à lactose. Ela toma muito bem o leite (puro, sem qualquer aditivo), e eu só compro aquele de geladeira ou, quando fica difícil, vai a fórmula mesmo. O leite agora não é mais alimento, é conforto.
Segundo lugar, ou segunda bandeira. As advogadas. Diz lá na Constituição que o advogado é indispensável à administração da Justiça. Ou seja, nós somos responsáveis por defender, trocando em miúdos, os direitos das gestantes.
O irônico é que as advogadas gestantes não têm direito algum. Oi? É sério?
Sim. A esperteza que fez o Estatuto do Advogado inseriu um dispositivo que prevê que os advogados empregados só poderiam trabalhar no máximo quatro horas diárias. O resultado? Os grandes escritórios contratam "associados", ou seja, sócios com algo inferior 0,1% do capital social, que não têm os direitos dos funcionários, como a estabilidade da gestante.  
As advogadas que engravidam são sumariamente dispensadas. A OAB não lhes dá nenhum tipo de auxílio. Se elas são contribuintes do INSS, podem pleitear o salário-maternidade e depois tentar implorar que algum escritório as contrate, porque sabemos que muitos não querem mulheres que tenham motivo para voltarem para casa... Existem exceções.
Eu sou autônoma e tive a sorte de me associar com pessoas compreensivas. Trabalhei até o último segundo e retornei após um mês do parto. Corria para amamentar, para atender aos clientes e ir aos Tribunais.
Poderia ter slingado por estes lugares com a pequerrucha (e ela esteve no escritório comigo, coitado do meu sócio), mas nenhum deles têm estrutura para receber as mães, o que entrelaça esta bandeira com a primeira. Um auxílio do órgão de classe - que não se resume à isenção de anuidade - poderia ter trazido um grande benefício.
Nós precisamos falar sobre isto, gente!
Espero que tenham gostado!
XO 

15.9.15

Os vegetais-vilões dos temíveis dois anos

Oi pessoal, tudo bem?
Quero passar para vocês algumas dicas simples de alimentação, que me auxiliam nos momentos em que estou mais abatida ou cansada ou naqueles em que a mademoiselle resolve recusar todos os vegetais da minha geladeira.
Ultimamente, só vegetais escondidos em bolinhos ou no arroz integral têm sido comidos, e parece que isto é bem comum entre as crianças dessa idade. 
Então sigo algumas - digamos - técnicas para aliviar a hora das refeições.
Antes de eu começar a falar sobre a comida, vamos aos fatos: nos 2 anos, a criança vai recusar muita coisa, porque ela aprende que ela pode ficar no controle. E recusar significa, na cabeça dela, que ela está no controle, que está se mostrando independente para os pais. 
Ela não tem compreensão de que está recusando algo bom ou ruim nutricionalmente ou bom/ruim em termos de sabor. É um jogo de poder e pronto. Ou seja, não está na hora de insistir ou forçar. Monte o prato com os legumes e, se ela não comer, pergunte se não vai querer mesmo e pronto. Sirva a fruta. Nada de ficar trocando a comida, muito menos por porcaria, capisce?
Vamos lá.
A primeira coisa que quero contar para vocês e que tem funcionado bem aqui em casa: almôndegas e hamburguer. Compro coxão mole moído duas vezes e tempero com cebola e alho ralados, sal, salsa e cebolinha e um pouco de cenoura ou abobrinha ralada. É interessante deixar a abobrinha escorrer e secar antes de juntar à carne. Se precisar dar o ponto, nada que um pouco de aveia não resolva. As almôndegas são cozidas em molho de tomate feito em casa e o hamburguer é grelhado num fio de azeite. Olhem a alegria!
Uma das outras coisas que mais me conforta nestes momentos de extrema loucura é o caldo de carne, porque me lembro do cheiro na minha casa todas as vezes em que ficávamos doentes. Minha mãe descongelava o músculo e em pouco tempo tínhamos uma sopa fresca e extremamente reconfortante.
O caldo de carne caseiro é muito simples. Eu gosto de usar o músculo picado (se você encontrar com osso - o ossobuco - fica ainda mais gostoso). As medidas são meio de olho, para variar, mas cada 400g de músculo rendem mais ou menos 1 litro de caldo forte.
Eu peço para meu açougueiro limpar e cortar o músculo em cubos não muito pequenos, pois não quero que desmanchem no cozimento. Aqueço bem a panela de pressão e refogo os pedaços no azeite, até que dourem superficialmente, ficando crus por dentro. Se você quiser, pode refogá-los com alho e cebola picados (eu gosto). Depois, coloque um pouco de água fria e, quando a fumaça baixar, coloque o restante da água (eu costumo colocar cerca de 1,5 litro de água).
Agora vem a mágica: você pode acrescentar todos os vegetais que quiser, e até sobras. As sobras são mais legais se o caldo for só de legumes, mas se sobrou cebola, alho, alho poró, salsão, talos de espinafre ou cenoura, miolo da escarola, até cascas de batata, vai tudo para a panela. Eu gosto de louro e coloco duas folhas. Não coloque sal, porque vai ficar muito forte. 
Depois que pegar pressão, são vinte minutos. Espere sair a pressão e, se quiser, coe o seu lindo caldo dourado, que pode ser congelado em formas de gelo para tempero ou em potes grandes para sopas. Os pedaços de carne podem virar uma bela salada, com cenoura ralada e bastante limão, azeite e sal, ou serem congelados no caldo para sopa. 
As sobras de vegetais viram lindos bolinhos, com arroz ou com a própria carne, que são devorados em segundos :). Nos dias realmente frios, faço um "sopão" de legumes, à moda da família do meu marido: os legumes são cozidos no caldo e processados até o ponto daquela sopa do bebê. Depois, a minha sogra acrescenta macarrão. Fica uma delícia e a Beatriz come também sem pestanejar (vai entender). 
Os legumes também podem ser misturados à sopa de feijão e rendem uma refeição absurdamente nutritiva e deliciosa. Mais uma vez, a sogra faz gol de placa nesta sopa, pois coloca linguiça portuguesa e macarrão (show!).
Se vocês estiverem procurando dicas fundamentadas de alimentação ou introdução alimentar (porque aqui é só chute e intuição materna), eu recomendo o blog As Delícias do Dudu, que é excelente. O importante, contudo, é nunca desistir.
Espero que tenham gostado!
XO

26.8.15

Eu penso fora da caixa

Oi pessoal, tudo bem? 
Estava pensando em escrever um post do tipo "coisas sobre mim" e, quando vieram os itens na minha cabeça, comecei a acreditar que sou bem doida. Ou fora da caixa. 
Nunca imaginei ser normal e nunca imaginei que minha fase da maternidade chegasse perto da normalidade. Minhas amigas falam que sou fora da caixa em muitas coisas e sei que sou mesmo. Demorei para me assumir assim, doida, e gostar de mim desse jeito (imagem retirada do Tumblr). 
Vamos ver se eu não vou assustar vocês:
- eu não tenho um disco intervertebral bem na base da coluna, o que limita meus movimentos e me causa dores intensas. 
- não me convenci que isto era "impedimento" e minha mãe foi minha força para decidir pelo parto normal. Fomos num especialista escolhido a dedo, eu paguei, óbvio, e combinei que queria anestesia. Mesmo assim, fiquei quase dez horas em casa antes de ir ao hospital. 
- a Beatriz só experimentou açúcar branco e derivados com 2 anos e odiou. Hoje gosta de brigadeiro (quem nunca).
- Eu enjoei horrores de chocolate na gravidez, então deve ser por isso que ela prefere salgados. Ela já comeu feijoada, escondidinho, bacalhoada, camarão, lula, virado, etc. 
- tenho birra de MM, nunca dei para a Beatriz e não pretendo dar. E já faz três anos que não compro salsicha! 
- fiz minha monografia de graduação sobre transgênicos e criei uma nóia com rótulos. Leio tudo em busca de traços de soja e milho. 
- gosto dos orgânicos pelo gosto, além dos benefícios, mas fico dependente dos convencionais porque as frutas orgânicas são raridade... 
- amo ovos e percorro quilômetros para comprar ovos caipiras orgânicos. Não como ovo de granja. Idem com leite, tenho pavor de leite de caixa...
- torço o nariz mesmo quando vejo bebês comendo papinha industrial ou algum porcarito do tipo Mc Donald's (ou outra super junk food) ou Cheetos. Não dou e não vou dar (apesar de ser inevitável o contato dela com estas coisas em algum momento). 
- torço o nariz para danoninho e qualquer iogurte cheio de coisas que não consigo pronunciar. Não como mais iogurte grego. 
- estou acima do peso e prefiro ficar com meus exames em dia neste peso do que me matar numa dieta. 
- sempre quando receitam algum remédio, eu pergunto se existe alternativa. Ex.: não tomei cálcio na gravidez, mas tomava leite. Empaquei na vitamina D para a Beatriz e dava banho de sol sem fralda. 
- existem remédios que não têm troca e eu tomo cinco todos os dias. Me auto-flagelo por isso... 
- amo comida japonesa tradicional e aprendi a fazer Sukiaki. Outras paixões culinárias: árabe (obvs) e mexicana. 
- frustração de mãe: Bi parou de comer do nada macarrão à bolonhesa. Eu choro até hoje. E ela rouba batata palha do prato "da papai"... Mais choro...
- vou fazer o desfralde dela só depois dos três anos. Não faz sentido cobrar isto de um ser que ainda não tem consciência corporal. E ela não é um cãozinho em treinamento, tá. 
- nós deixamos a Bi dormir na nossa cama. Ela é levada à cama dela, mas se ela acorda assustada ou às 3h da manhã, não a levamos de volta, pelo simples motivo de que todos os seres humanos (inclusive os pais) precisam dormir bem.
- continuo jogando World of Warcraft com certa regularidade e uso os pets para ensinar os nomes dos bichos para a Beatriz. É só ela sentar no meu colo para falar "tatinho" (gatinho).
Bem, acho que por enquanto é isso. Vocês têm um lado "fora da caixa"?
Espero que tenham gostado!
XO

6.8.15

Semana de amamentação e dia dos pais!

Oi pessoal, tudo bem?
Alguém consegue acreditar que já estamos em agosto? E que semana que vem já é meu aniversário? :O 
Pois é, julho passou voando, e nem podemos dizer que houve inverno, porque as duas últimas semanas têm sido especialmente quentes e áridas em Sampa. Minha pequena Minion tem tossido bastante e estamos fazendo inalação para não deixar este catarro todo grudar e evoluir para algo pior...
Falando nos Minions, esta é a nossa novidade: já passamos quatro vezes na fonoaudióloga e a Bia tem falado palavras novas, mas ainda nada quanto à construção de frases inteligíveis. Ou seja, estamos ainda na fase minion da fala (uma frase com apenas uma ou duas palavras inteligíveis). Em se tratando de terapia, sabemos que o progresso é lento e temos de ter bastante paciência. Estou estudando uma mudança na rotina dos dias de terapia para vermos se ela "vai melhor", rsrs.
Mas não é só disso que quero falar. Quero comentar com vocês rapidamente sobre a semana de aleitamento materno, que termina no dia 07.08 e visa promover e incentivar a amamentação.
Eu já contei aqui para vocês que não consegui amamentar porque não tive leite. Da mesma forma que ele desceu, ele sumiu. Suspeitam, inclusive, que seja uma das consequências da Síndrome de Hashimoto, doença autoimune que carrego e que provoca a inutilização dos hormônios da tireóide. É uma suspeita.
Se eu pudesse, eu teria amamentado... bem.. até hoje. Eu estaria amamentando até hoje. Acho maravilhoso todas as mulheres que tiveram toda a estrutura familiar e profissional para amamentar seus filhos até quando estes não quiseram mais. A legislação brasileira prevê que as lactantes têm direito a intervalos para amamentação - mas nós sabemos que isto não acontece. A licença maternidade é pensada justamente por causa da amamentação e nós sabemos que até os enormes seis meses são insuficientes se pensarmos que o leite materno é essencial até os dois anos. 
E eu? Bem, eu nunca amamentei exclusivamente a Beatriz e confesso que carreguei esta culpa por bastante tempo. Afora os julgamentos, os "aponta-dedos", os xiitas de plantão... O peito sempre foi o aconchego e é até hoje. Ela deita e se aconchega e pronto.
Mas sabem o que também tem este efeito? O colo do pai. Torçam o nariz se quiserem, mas o meu marido virou a "ama-seca" e dava a mamadeira antes de dormir. No colinho do papai, nossa bebê gigante recebia o mesmo aconchego do peito (vazio) da mamãe, resultando num vínculo (por quê não?) umbilical, maternal. Também resultou em algumas cenas bem curiosas...

Sim, o leite materno é o único alimento de que o bebê precisa até os seis meses de idade e a amamentação fortalece o vínculo mãe-bebê. Mas e quando a mãe não tem leite ou não pode amamentar? Vamos fortalecer o vínculo com o pai, então? 
Passada a fase da ama-seca, "nossa papai" dá banho, coloca para dormir, desenha, brinca de boneca, divide a comida (nesse caso, ela furta a comida dele, enfim).
Feliz dia dos pais!
Espero que tenham gostado!
XO

8.7.15

Silmara Bebê

Oi pessoal, tudo bem?
Tive a oportunidade de voltar nesta loja que eu simplesmente amo e onde comprei algumas das peças do enxoval RN da Beatriz. A Silmara Bebê tem duas lojas em São Paulo, uma na Rua Joaquim Antunes e outra no Shopping Cidade Jardim. Eu fui na loja de rua.
As peças são impecáveis, com um jeito bem artesanal. Os bodies com gola bordada são sem-igual, assim como as mantas e os xales. A loja também tem jogos de berço, de cama e de banho, além de roupas de gestante. A moda festa para as pequenas é de morrer com tanta fofura. Qualquer pequena miss ficaria linda nos vestidos e tenho certeza que as noivas pensarão em suas daminhas com um dos looks. 
Eu comprei dois presentes: para um menino, um conjunto de plush cinza com uma camisa branca de gola alta, bem esporte e bem para o dia-a-dia. Para a menina, RN, um body com gola e punho aplicados com tecido florido rosa e a manta para combinar. 






Espero que tenham gostado!
XO

*Este não é um publipost (bem que eu gostaria!)

12.6.15

Dia dos namorados

Oi pessoal, tudo bem?
Hoje é dia dos Namorados. Muitos casais com certeza estão se amontoando em restaurantes, bares, trocando flores, chocolates e presentes diversos. Eu e meu marido fazíamos isso antes da Beatriz nascer: escolhíamos um restaurante especial ou um chalé no interior para o fim de semana. 
Depois que ela nasceu, o "casal" ficou para segundo plano. Tenho certeza que muitas mães e pais passam por isto, principalmente quando os filhos são bebês e crianças pequenas. 
A fórmula é muito simples: quando a criança nasce, casal deixa de ser casal e passa a ser pai e mãe. A Anna deixou de ser Anna e passou a ser a mãe da Beatriz. O Thiago deixou de ser o Thiago e passou a ser o pai da Beatriz. É óbvio que nós acabamos por nos focar tanto na criação dela, nas necessidades de ela, que algumas crises se instauraram e vejo muitos casais se separando por conta desta loucura.
São noites mal-dormidas, acúmulo de tarefas, trânsito, stress e cobranças sem fim da sociedade. As discussões sobre a linha de criação, se vamos ao fonoaudiólogo ou não, se a escola será Waldorf ou sócio-construtivista, se ela comerá chocolate com um ano ou dois, tomam tempo e podem causar atritos. 
Já faz algum tempo que eu e meu marido voltamos a nos entender e a nos reconectar. Eu sinceramente me sentia distante dele, talvez porque fiquei tão concentrada na fala da Bia, na comida da Bia, no desfralde da Bia.
Por este motivo escrevi este post no dia dos namorados. Esqueçam, por um instante, da figura do pai e da mãe, e se lembrem do marido e da esposa. Conversem. Assistam um filme que vocês não assistiriam com os filhos. Deixem os filhos nos avós. Se reconectem, se recordem de quando iam ao cinema toda a semana ou a um restaurante da moda. 
Este momento, por menor que seja, trará uma força para vocês que os deixará relevar aqueles "estressezinhos" do dia a dia e também focar no parceiro depois que as crianças dormirem, lógico. Não é algo automático, é um exercício de fortalecimento, e eu o recomendo neste dia dos namorados. 
Não, eu não tive essa epifania hoje. Há bastante tempo tenho pensado nisso e comecei a ler alguns livros e conversar com profissionais. Percebi que nisso eu pecava. Resolvi mudar a perspectiva e, pelo menos para mim, tem dado resultado. Nós sempre assistíamos séries, como Game of Thrones, Hannibal e Grimm (todas com cenas fortes e impróprias), e eu dava de ombros. Sério, não estou mentindo. Hoje eu passo o dia inteiro esperando o momento em que poderems deitar e assistir alguma série juntos. É o nosso momento.
Aproveitem.
Espero que tenham gostado!
XO
   

21.5.15

BabyBum 2015

Oi pessoal, tudo bem?
Quem nos acompanha pelo Instagram já viu que fizemos um verdadeiro estrago na BabyBum de inverno deste 2015. É tanta coisa linda que às vezes você roda duas, três vezes no mesmo corredor para decidir onde parar e fuçar. Eu gosto muito de ter itens diferentes para a Beatriz e, este ano, queria comprar alguns presentes também. No ano passado, a experiência foi muito boa e eu quis repetir.
A feira aconteceu no mesmo local, entre os dias 13 e 16 de maio. Vou falar dos expositores que gostei e onde comprei, e devo ressaltar que a seleção é sempre ótima, da melhor qualidade. O ponto negativo: o serviço de valet, que foi caro (R$ 30), demorado e, digamos, de qualidade duvidosa... Explico: meu carro - reduto de uma roqueira bem exigente - voltou com o rádio sintonizado na Band FM... Cara, quem deu ordem? Uma coisa típica de SP, mas que me irrita profundamente.
Enfim, espero que melhorem na próxima edição.
Minha primeira parada foi obviamente na Laçaroty, loja da qual já sou "freguesa" há mais de dois anos. Além de laços grandes e alguns pequenos, arrematei um organizador/expositor de laços, que ficou LINDO no quarto da Bi.
Depois, fui na Duds BB, e comprei um macacão de gatinho para uma amiga minha. Na ChezMoi ChezToi, comprei as misturas para cookies três chocolates (que ficaram deliciosos) e para chocolate quente.
Conheci também a Jardim Mágico, com peças artesanais, e onde arrematei dois coletes de pele de carneiro, com forro estampado que pode ser usado como "frente" também (um deles é presente). Na Miss Cecile, uma blusa cinza com flores em veludo preto, extremamente fashion, foi minha escolha.
Na Taioca, comprei um blusão estilizado da Minnie, com capuz e tudo. Me apaixonei pelas fantasias da Caldo de Mãe, super confortáveis, e levei um vestido azul claro, com saia de tule, que serve para Cinderella e para Elsa. 
Sou super fã da Kaloré Arte e comprei um tangram de madeira (que meu super marido conseguiu montar ontem - eu, burra, não consegui) e um varal para fotos - de joaninha!
Expositores cujas peças me chamaram a atenção (mas não comprei porque realmente não precisava): Tote Design, com tendas para os quartos ou espaço de brincar dos pequenos (eu precisaria de um apê dez vezes maior, rs); Petit4you, bolsas de maternidade, malas, frasqueiras e organizadores de carrinho, com as estampas mais lindas que já vi; e Dani Fraiha, moda muito amor para os pequenos, mas que estranhamente tinha poucas peças do tamanho (nada petit) da Bibi. 

Eu gostei muito da feira e das coisas que comprei. Recomendo para quem procura fornecedores com produtos bem diferentes, não convencionais. 
Espero que tenham gostado! 
XO

3.5.15

Vida de mãe - doente

Oi pessoal, tudo bem?
Como sempre, eu acabo racionalizando tudo ou melhor, organizando as ideias surgidas num período esquisito para tentar que os erros jamais aconteçam de novo. Lógico que isto é quase impossível, porque a imprevisibilidade é da vida, e sem ela acho que as coisas seriam meio horríveis.
Penso que posso tirar algumas lições das últimas semanas para passar para vocês. Vamos lá.
Minha mãe sempre costuma dizer que "pior que filho doente e mãe saudável, é mãe doente e filho saudável". Eu sempre achei que ela estava exagerando e que não havia NADA pior do que filho doente. Mordam as línguas todas que não escutaram suas mães, eu inclusive. Eu já tinha ficado doente junto com a Beatriz, mas nunca, nunca, tinha ficado doente sozinha e, pior, com meu marido trabalhando 24 por 7.
Imaginem uma dor de garganta, que evoluiu para gripe e ocasionou um inchaço na lateral da minha cabeça e no meu rosto - a boa e velha íngua. Meu rosto ficou desfigurado, com a bochecha esquerda vermelha e gigante, como se eu estivesse queimada de sol ou exagerado no blush. 
Agora somem tudo isto à completa ausência de descanso, pois meu marido não podia mais ajudar (por conta do trabalho à noite e nos fins de semana), às parcas horas de sono e, ainda, à plena energia da pequena. Minha mãe se assustou quando me viu, e pouca coisa assusta a senhoura.
Podem me chamar de teimosa, mas odeio (e tenho pavor) de pronto-socorro, então prefiro ir ao médico de minha confiança e tentar lidar com a situação com antiinflamatórios, que já fizeram um ótimo efeito e vão me permitir trabalhar amanhã.
O que eu tenho a passar para vocês: enquanto estiverem saudáveis, mantenham-se assim. Façam seu check-up anual, comam direito, eliminem os industrializados e os junk-foods, incluam vegetais e frutas na alimentação. Evitem tomar leite e derivados, que aumentam as secreções. Invista num caldo caseiro de frango ou carne ou legumes. Eu sou particularmente contra as vitaminas, mas imagino que um Centrum de vez em quando ajuda a dar aquela energia extra.
Se o cansaço as abater, peçam ajuda. Mães, sogras, babás, amigas, vizinhas, para que você possa dormir e comer ou ir ao médico. Ao primeiro sinal de gripe, resfriado, virose, pare e se trate. Não deixe o negócio evoluir.
O principal: relaxe. Não deixe o stress te pegar, porque eu tenho certeza que o excesso de tarefas me consumiu muito e eu deixei, né.  
Estou chovendo no molhado? Sim, estou. Mas são coisas tão valiosas e acabamos deixando passar batido ao nos dedicarmos ao amor maior (nossos filhos). Não podemos esquecer de nós mesmas ou corremos o risco de não aproveitarmos os momentos porque ficamos doentes mais do que o esperado. Eu, por exemplo, transformei uma gripe em sei-lá-o-quê e sabe-se lá o que o médico vai dizer.
Espero que tenham gostado!
XO  
  

20.3.15

Socorro! Minha filha vai falar

Oi pessoal, tudo bem?
Eu relatei para vocês há algum tempo que a Bibi ainda não estava falando compreensivelmente e que eu estava bastante ansiosa. Apesar de ela conseguir se comunicar muito bem, com gestos e sinais, a oralidade dela parecia, digamos, atrasada.
Na semana passada, após um bate papo da professora com as outras mães das crianças da sala dela, aproveitei para conversar com a Psicóloga e a Diretora da escola. Expliquei tudo aquilo do post, inclusive que o pediatra já havia orientado a retirar todos os estímulos em inglês por enquanto, porque a pessoinha estava misturando as bolas. Elas acharam melhor eu conversas com a Fonoaudióloga da escola para "tirar a teima".
Marquei hora e lá fui eu numa quinta-feira chuvosa, às 16h, conversar com a Renata e esperando o pior dos cenários. 
Me enganei.
Relatei o nosso "histórico" e ela logo me disse que já tinha visto uma evolução na oralidade da Bia desde janeiro, quando ela foi chamada pela professora para observar os alunos que ainda não estavam falando. Realmente, eu percebi que a Bia começou a falar "achou"; "delicioso"; "mãe"; "um, dois, três, quatro"; "palma, palma, palma, pé, pé, pé"; e a cantarolar musiquinhas dos filmes. 
Mas acho que eu estava tão ansiosa com o "desenvolvimento" - numa racionalidade absurda - que deletei esta evolução.
Ela percebeu que eu havia virado a "técnica". Um robô programado para desenvolver a fala da Bia. Puramente racional, tipo uma tarefa. A ansiedade havia me cegado. Foi aí que a Renata disse para eu relaxar e ter espontaneidade, porque a Bia não tem nenhum problema, é só uma questão de tempo e treino. 
A Bia compreende bem o que falamos para ela, então já estamos com vantagem. Percebemos que ela constrói histórias com os bonecos e muda a entonação da linguagem dela para cada tipo de "sentimento" (isto é muito legal). Mas a pequena é dispersa e sua atenção precisa ser trabalhada um pouco mais... Bia é da bagunça, mas precisa entender que nem todas as horas são horas da bagunça.
Ela me passou algumas dicas:
- quando a Bia apontar para alguma coisa, perguntar "o que você quer, filha? fala para a mamãe"; 
- desligar mais a TV e deixar ela brincar com os brinquedos sem outros estímulos, porque o excesso deles atrapalha no desenvolvimento da oralidade;
- propor alguns desafios, como pedir para chamar o papai e pedir para ele não demorar. Isto vai ser engraçado;
- chupeta: limitar para hora de dormir ou quando estiver doente, para tirar o vício, porque a gente sabe que atrapalha;
- e muito importante: espontaneidade. Não deixar a imposição por falar se sobrepor à diversão e aos momentos de carinho.
Eu adorei! E vocês?
XO

Diário de Viagem, edição verão 2015

Oi pessoal, tudo bem?

Todo mundo pronto para o outono? Eu particularmente não gosto do verão, então estou bem ansiosa para aquela esfriada básica... os únicos momentos em que curto um calorzinho são aqueles em que estou de férias, numa praia ou piscina. E neste março não foi diferente, resolvemos dar uma escapadinha e curtir alguns dias longe da selva de pedra.
Depois de muita pesquisa na internet à procura de um resort perto de São Paulo, nós reservamos alguns dias no Mavsa Resort, em Cesário Lange, que fica cerca de 1h30min de carro pela Castelo Branco. 
O Mavsa é um resort all inclusive, ou seja, naquele preço estavam incluídas, além das refeições, os petiscos diurnos, bebidas (suco, água, refri e bebidas alcoólicas) e a reposição diária do frigobar do quarto. Ele está bem avaliado no Trip Advisor e tinha lido alguns depoimentos interessantes nos blogs de mamães.
Nós ficamos em uma suíte do prédio Premiere. O quarto é grande, arejado, com  duas camas queen e ainda uma cama de solteiro extra. O ponto negativo é que a TV tem poucos canais e não tem entrada USB, o que foi horrível naquelas horas em que precisávamos que ela se acalmasse com um filminho.
Neste prédio fica a Copa da Mamãe. Lá tínhamos acesso a frutas frescas, alguns brinquedos, leites em pó, água mineral, além do microondas e da pia para preparação e lavagem das mamadeiras. Isto foi extremamente útil, porque, como vocês podem imaginar, dona Bia não queria esperar muito pelo seu "mamá". 
O prédio também ficava perto do restaurante e das piscinas. Ah, as piscinas. Fomos todos os dias bem cedinho (tipo antes das 8h mesmo) até a piscina principal, que é bem rasinha e enorme. Há uma piscina funda, como tobogã "radical", e até descemos um dia, mas deu aquele medo...
Anyway... Uma água gelada pra chuchu, na qual a Bia se sentou e tomou aquele solzinho da manhã sem protetor, de plena vitamina D. 
Como a água estava realmente gelada, passamos as manhãs na piscina aquecida, que tem uma parte rasa muito boa para as crianças. Tem uma sauna e um banheiro com ducha. Em ambas as piscinas, há geladeiras com bebidas à vontade e, depois das 10h, os garçons passam para perguntar se queremos algo. Lá pelas 9h30, eu ia ao restaurante e me servia de frutas no buffet do café da manhã para o lanche da Bia. À tarde eu fazia o mesmo.

O resort tem vários lagos e o dos patos foi o que ela mais gostou. Nós fomos até a fazendinha, que tem pônei, vaquinha, ovelhas, galinhas e coelhos. Foi super legal, porque queremos muito que ela tenha essa experiência "de sítio". Ela se empolgou muito com os pintinhos.
Outra parte legal é a Cidade dos Sonhos, com brinquedos eletrônicos e um "brinquedão" para crianças maiores. Bi gostou mesmo é do balanço!
O hotel é realmente excelente e a nossa estada só não foi perfeita por conta de uma convenção que ocorreu por dois dias. O pessoal era muito barulhento e uma das festas se estendeu até às 5 da manhã, o que gerou inúmeros protestos da minha parte (eu só dormi porque coloquei tampões nos ouvidos). E era nesse dia que precisávamos que ela se desligasse do barulho e tivemos de apelar para o tablet. Ela dormiu a noite toda, ainda bem, mas o staff ouviu várias no dia seguinte. Eles foram muito atenciosos e, como o hotel é muito bom, nós pretendemos voltar. 
Fica a dica de perguntar se o hotel receberá algum evento corporativo antes de reservar. Eu não perguntei, e ninguém me avisou.
No geral, tivemos momentos ótimos no Mavsa. Bi se divertiu muito e isto é o que importa.
Espero que tenham gostado!
XO  

27.2.15

Relatos da madrugada

Oi pessoal, tudo bem?
Todas as mamães de bebês e crianças pequenas têm histórias da madrugada para contar. Ou é uma fralda que vaza epicamente, ou é aquela lavada de vômito no berço, ou o meio palmo que acorda às 3 da matina no maior pique pra brincar.
Tudo isto já aconteceu e isto porque a Beatriz sempre dormiu bem. Lógico, nem tudo são flores.
A moda dessa semana é acordar às 4:30 no pique total. Com o fim do horário de verão, as coisas se bagunçaram, o que antecipou o início dos meus dias e me deixou o último pó da rabiola. Já haviam me avisado que as crianças dessa idade começam a ter pesadelos, e isto pode ter agravado a situação, até porque, por causa deles, estamos em cama compartilhada algumas noites.
Esta última quinta feira foi, digamos, curiosa. Por volta das 2h, soou um alarme em alguma casa da vizinhança e todos acordamos. Ela acordou chorando e veio ao nosso quarto. Peguei no colo e comecei a acalmá-la, perguntando "o que foi, Beatriz? O que foi meu amor? Mamãe está aqui".
Andamos pela casa e, ao passar pelo quarto dela, ela apontou pra dentro e falou algo lá no dialeto dela. Eu peguei o gancho e soltei: "ah, o monstro?? Vamos mandar ele embora". Comecei a fingir que chutava a cama enquanto falava "monstro, vai embora, você assustou a Beatriz. Monstro feio". Ela riu, eu terminei e ela começou a bater palminhas.
Aí o papai trouxe um choro de leite e disse que o monstro se arrependeu e tinha mandado especialmente a mamadeira pra ela.
Ela mamou e dormiu entre a gente.
Loucura, né?
Eu tô rindo até agora...
Espero que tenham gostado!
XO

2.2.15

Relato de parto

Oi pessoal, tudo bem?
Já fazia alguma tempo que eu queria relatar o meu parto para vocês, mas acho que faltava coragem. Depois de assistir o Renascimento do Parto, agora sim estou pronta. 
Vamos comigo?
Eu já tinha passado das 41 semanas de gestação quando, em 31.10.2012, fui fazer outra monitoragem, para saber como estava a bebê. Tinha trabalhado normalmente naquele dia especialmente quente e cheguei para almoçar na minha mãe com uma sensação de vazamento, que depois a enfermeira esclareceu ser do calor mesmo. A bebê estava bem, encaixada, bolsa ok, peso ok. A grávida? Não ok. Grávida cansada e pesada, fui proibida de dirigir até o nascimento. E
Em termos. Peguei minhas coisas, dirigi até o escritório, dei as últimas coordenadas e fui para casa. Naquele mesmo dia, à noite, percebi uma secreção rosa na calcinha e liguei para a obstetriz. "Seu tampão saiu", ela disse. Eu: "E agora?". "No sábado você tem monitoragem marcada, não é? Aí veremos como está sua dilatação, senão você volta pra casa". Eu: "Tá ótimo". 
Fui dormir, acho que dormi umas 14h aquela noite. No dia 1, meu marido foi trabalhar, e eu fiquei em casa, assistindo TV, no computador... Fiz mão, pé e depilação à tarde, ou seja, o dia passou num instante. Jantamos e fui dormir lá pelas 22h.
Às 2h acordei com uma urgência imensa de ir ao banheiro e fui, fiz o que tinha de fazer, e passou. Tomei água e voltei a dormir. Meu marido aproveitou e dormiu também. Dali meia hora eu acordei com uma cólica imensa e fui ao banheiro de novo. Como nada saiu, eu já desconfiei. A dor passou e eu fui deitar. 
Passada outra meia hora, outra cólica e daí em já sabia que não era cólica, era contração. Levantei, comecei a andar pela casa, acariciar minha barriga e, digamos, fazer alguns sons ritmados (uuuuhs e nã-nã-nãs - falar que eu cantei é exagero). Aproveitei para colocar em prática algumas posições da yoga e posso dizer que ajudou muito. Nem acordei o marido. Eu imaginei que ele fosse ficar ansioso para ir ao hospital e eu queria ficar o maior tempo possível em casa, caminhando e etc. 
As dores foram ficando menos espaçadas. Às 7h da manhã do dia 02, elas vinham em intervalos de 7-8 minutos e eu precisava entrar no chuveiro. Aí eu chamei o marido e com bastante calma avisei que precisava tomar banho, porque estava com muita dor. Nossa, como aquele banho foi ótimo!! Meu marido fez algumas massagens nas minhas costas e as dores ficaram mansas (rs). 
Logo depois do banho, ele, nervoso, pediu para eu ligar para meu pai nos buscar. Ele sabia que estava muito nervoso para dirigir. Liguei para minha mãe e depois para a obstetriz, que recomendou que eu ainda ficasse em casa até que as contrações estivessem de 5 em 5 minutos. 
Perfeito, daria tempo, acho, de meu pai chegar. Comecei a me maquiar, para desespero do marido (rs), e minha mãe recomendou que eu ficasse de quatro em cima da cama para aliviar as dores. Fiz isso, mas as dores começaram a ficar muito fortes, a ponto de eu não conseguir levantar sozinha. 
Liguei para a obstetriz, relatei que as dores estavam espaçadas em 6 minutos, mas que vinham com força. Ela perguntou em que posição eu estava. Quando eu disse "de quatro", ela me mandou ir ao hospital. Meu pai chegou logo em seguida. Forramos o carro com uma toalha, caso a bolsa estourasse, e percorremos o longo caminho de casa, na Zona Norte de SP, até o Einstein, no Morumbi (ainda bem que era feriado). Lembro-me de meu pai ter colocado músicas calmas para tocar e me lembro perfeitamente do Benny and the Jets do Elton John, que eu adoro. 
Chegamos no Einstein e aí veio a surpresa: estavam fazendo treinamento de catástrofe (!) e eu tive de entrar pela portaria principal. Passei naquele mundaréu de gente na cadeira de rodas até chegarmos no prédio da maternidade. Olha a cara de pata-choca!

Meu marido e meu pai foram checar a papelada e eu fui acomodada no pré-parto. A obstetriz me examinou e eu estava com 6cm de dilatação e contrações a cada 4 minutos. Ela me parabenizou por ter ficado em casa, porque quase nenhuma gestante faz isso. Disse que todo mundo vem correndo na primeira dor... rs
Acho que uns 10 minutos depois que eu cheguei - eu já estava bem fraca - chegou o anestesista. Chamei a minha mãe para explicar que eu não tenho o disco da coluna por onde justamente teria de passar a agulha da peridural (tirei aos 4 anos de idade, por conta de uma inflamação cuja causa se desconhece). Ele ainda deu uma aloprada na "situação", perguntando se eu estava preparada, eu ri e me sentei na cama para começarem. Juro que não senti nada, nada mesmo. Ele aplicou a peri sem problemas e na hora em que fui deitar na cama, tive uma contração bem forte, mas bem forte mesmo, e minha bolsa estourou. Em cinco minutos eu estava sem dor e só restava esperar. 
O assistente do médico se sentou na sala comigo, as luzes foram abaixadas e ele perguntou se eu queria tirar um cochilo. Eu agradeci e pedi um copo de água. Eram mais de 11h da manhã. Dali a pouco as dores reapareceram e só aí o médico examinou. Oba, 10cm! Reforçaram a peri e chamei meu marido. Vamos? Ele: vamos. 
Ele ficou do meu lado o tempo todo na sala de parto, com o celular a postos. Entrei ao meio dia na sala de parto. O anestesista ficou do outro lado e me orientava quando precisava fazer força. Fiz umas três vezes e aí parei. Fiquei uns 5min sem fazer força e perguntei o que aconteceu. "Calma", me disseram. "Dona Bia não quer sair, eita preguiça, rsrsrs", pensei. 
A obstetriz falou comigo a respeito da barriga alta e da necessidade de dar "um empurrãozinho". A tão conhecida manobra de Kristeller, que havia ajudado meu irmão a nascer, segundo a minha mãe. Não vi nada de violento nisso, apenas um procedimento normal para um caso a termo, com uma bebê que estava dando sinais de cansaço (em outros casos teriam feito cesárea, prontofalei). O meu obstetra subiu na minha barriga e deu dois empurrões.
Nem acreditei. Ao meio-dia e 46 minutos, pari a Beatriz, que foi colocada em meus braços com cordão e tudo. Chorei. Meu marido conta que viu ela sair e que ela evacuou assim que saiu, que loucura! Ele foi convidado a cortar o cordão, mas soltou um "vai fundo, grande" para o médico. 
A pediatra a examinou no meu colo e só depois ela foi pesada e medida. APGAR 10, 3kg560g e 50cm. Enquanto isto, saiu a minha placenta, me limparam, tomei apenas 2 pontos (!), e nos levaram ao pré-parto de volta. A obstetriz colocou a Beatriz para mamar e lá foi o bichão louco mamar. 
Subimos para o quarto e o resto é história. 
Foram 10 horas de dor e mais quase 03 no hospital. Eu achei rápido. A dor não é insuportável, ela é chata, porque vai e volta. E o final dela é incomparável: um bebê em seus braços.
Espero que tenham gostado!
XO 

15.1.15

O renascimento do parto 1

Oi pessoal, tudo bem?
Finalmente eu consegui assistir ao aclamadíssimo filme "O Renascimento do Parto" e hoje quero contar para vocês como foi. O filme foi exibido pelo Canal Brasil da TV a cabo e eu gravei no meu aparelho da NET para assistir num momento mais calmo. Mesmo assim, vida de mãe trabalhadora não é fácil e dividi em duas partes. Ontem consegui terminar.
Bem, as primeiras cenas são realmente chocantes. Eu nunca tinha visto uma cesariana na vida, pelo menos não assim com riqueza de detalhes. Já tinha visto aquela linha de produção do Boas Vindas do GNT, mas nada desta forma. Eu me choquei. Muito. A menininha foi extirpada da mãe e depois começaram a pingar um líquido que parecia preto em seus olhos e na sua vagina. Eu não sei o que é aquilo e nem quero saber.
A Mãe que relatava este caso e forneceu a filmagem do nascimento da filha chorava copiosamente (e eu também). Agora eu entendi o que é violência obstetrícia. Aproveita-se do estado vulnerável da gestante, da pobre gestante, que não tem condições de pensar em nada salvo no bem do seu filho. Episiotomia é fichinha perto disto...
Relatos e mais relatos de cesáreas agendadas desnecessariamente seguiram-se ao longo do documentário. Eu fui pensando em como a cesariana é cultural. É você ter aquela sensação de controle tão inerente à nossa sociedade moderna. E, lógico, está de acordo com a doutrina capitalista: mais cesáreas, mais lucro (podem me chamar de petralha, mas não sou).
As desculpas se mostraram das mais variadas (e conhecidas): bebês grandes demais, quadris estreitos, circular de cordão, pressão alta, pressão baixa, "passou do tempo"...
O sistema favorece a cesárea agendada: médicos são mal remunerados pelos planos de saúde e preferem "fazer logo" do que ficar esperando e ainda receber a mesma miséria. Ultimamente, apenas pacientes "particulares" fazem partos normais e humanizados.
Consegui entender que a cesárea é uma grande conquista da medicina moderna e deve, sim, ser opção na gravidez de alto risco, sofrimento fetal, e qualquer risco para a vida do bebê e da gestante. O importante é que ela seja feita quando o bebê estiver pronto para nascer, ou seja, quando os hormônios se movimentarem para iniciar o trabalho de parto.
Nunca pude imaginar o quão é importante entrar em trabalho de parto. O médico francês Michel Odent afirma no filme que estes hormônios do trabalho de parto são so hormônios do amor. Eles trabalham para trazer ao mundo um amor maior, que é o filho.
Lembro-me uma vez de ter escutado de uma médica que eu jamais poderia acreditar no parto normal como um ato bonito, que se fala "ai que lindo, que momento bárbaro", porque ela dizia ser horrível, que dói pra caramba, que saem "coisas" de dentro, que você fica larga.
Nunca discordei tanto desta afirmação. Coitada dela que fez duas cesáreas e nunca passou pelos maravilhosos momentos que eu passei para a Beatriz nascer.
Estou bolando um post de relato do meu parto. Vamos ver no que dá.
XO

9.1.15

Aos dois e dois

Oi gente, tudo bem? Como passaram as festas? 

Nós aqui mantivemos o nosso plano e saímos relativamente cedo na noite do dia 31. Beatriz dormiu assim que chegou em casa, acordou com os fogos e logo voltou a dormir. No dia seguinte, fomos almoçar na minha mãe e ela cochilou antes das 14h, até às 16h. Conseguimos almoçar sossegados, ou seja, foram dois dias de sucesso total :)

Estou sendo bem Pollyana com este "sucesso", porque tivemos algumas birras nestes dias e nos dias subsequentes. Como já estou trabalhando desde o dia 05, ela está ficando na minha sogra e até reclamou num dos dias que a deixei pela manhã. Vamos ver o que vai acontecer na escolinha na segunda, hahaha.

Enquanto isto, nós vamos tentando lidar com os terrible two da maneira que conseguimos e eu acabei adotando algumas medidas, digamos, facilitadoras da hora das refeições aqui em casa. A Beatriz comia de tudo e, do nada, começou a encanar com verdes e com frutas. Nem banana ela aceita mais. Suco de laranja então, nem pensar. 

Estamos devagar oferecendo as frutas e ela tem voltado a aceitar a laranja lima e o abacaxi. O que funcionou bem por aqui foram os picolés caseiros. É muito simples: faço suco de melancia, de abacaxi com hortelã ou papa de manga e coloco nas forminhas de picolé. Depois das refeições, ela toma um sorvetinho, sem açúcar, refrescante e que não dá stress nenhum. Querendo ou não, ela está comendo fruta. O de melancia faz o maior sucesso :)
Quanto aos vegetais, ela realmente rejeita se estiverem no prato. É capaz dela nem querer o arroz e o feijão dependendo do dia. O que eu tenho feito: cozinho e processo uma mistura de legumes com espinafre (bem parecido com o preparo das papinhas, mas com vegetais misturados) e misturo no feijão na hora de temperar. Eu deixo o feijão engrossar um pouco e "tempero" com a papa de legumes. Corrijo o sal e prontinho! Ela come sem saber e eu fico tranquila.

Mesmo com os legumes escondidos, o prato é sempre montado com uma salada, um purê ou com legumes/verduras refogados. Sempre apresento os verdes, para passar a lição de que está no prato, é o que tem pra hoje, se ela quiser comer. Se não quiser, eu não forço e não me estresso. O que não pode é não apresentar ou se estressar se não comer. E nem substituir por besteiras.

Outra dica, que peguei do blog "As delícias do Dudu", é incorporar legumes no hambúrguer de carne moída. Quando vou montar, misturo um pouco de cenoura ralada ou abobrinha e ela sempre aceita. Ficam bem gostosos! Acredito que dê para fazer o mesmo com Nuggets de frango, que fiz este fim de semana sem legumes, mas que ficaram ótimos, bem úmidos.

Espero que tenham gostado! Um feliz 2015!

XO