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15.1.15

O renascimento do parto 1

Oi pessoal, tudo bem?
Finalmente eu consegui assistir ao aclamadíssimo filme "O Renascimento do Parto" e hoje quero contar para vocês como foi. O filme foi exibido pelo Canal Brasil da TV a cabo e eu gravei no meu aparelho da NET para assistir num momento mais calmo. Mesmo assim, vida de mãe trabalhadora não é fácil e dividi em duas partes. Ontem consegui terminar.
Bem, as primeiras cenas são realmente chocantes. Eu nunca tinha visto uma cesariana na vida, pelo menos não assim com riqueza de detalhes. Já tinha visto aquela linha de produção do Boas Vindas do GNT, mas nada desta forma. Eu me choquei. Muito. A menininha foi extirpada da mãe e depois começaram a pingar um líquido que parecia preto em seus olhos e na sua vagina. Eu não sei o que é aquilo e nem quero saber.
A Mãe que relatava este caso e forneceu a filmagem do nascimento da filha chorava copiosamente (e eu também). Agora eu entendi o que é violência obstetrícia. Aproveita-se do estado vulnerável da gestante, da pobre gestante, que não tem condições de pensar em nada salvo no bem do seu filho. Episiotomia é fichinha perto disto...
Relatos e mais relatos de cesáreas agendadas desnecessariamente seguiram-se ao longo do documentário. Eu fui pensando em como a cesariana é cultural. É você ter aquela sensação de controle tão inerente à nossa sociedade moderna. E, lógico, está de acordo com a doutrina capitalista: mais cesáreas, mais lucro (podem me chamar de petralha, mas não sou).
As desculpas se mostraram das mais variadas (e conhecidas): bebês grandes demais, quadris estreitos, circular de cordão, pressão alta, pressão baixa, "passou do tempo"...
O sistema favorece a cesárea agendada: médicos são mal remunerados pelos planos de saúde e preferem "fazer logo" do que ficar esperando e ainda receber a mesma miséria. Ultimamente, apenas pacientes "particulares" fazem partos normais e humanizados.
Consegui entender que a cesárea é uma grande conquista da medicina moderna e deve, sim, ser opção na gravidez de alto risco, sofrimento fetal, e qualquer risco para a vida do bebê e da gestante. O importante é que ela seja feita quando o bebê estiver pronto para nascer, ou seja, quando os hormônios se movimentarem para iniciar o trabalho de parto.
Nunca pude imaginar o quão é importante entrar em trabalho de parto. O médico francês Michel Odent afirma no filme que estes hormônios do trabalho de parto são so hormônios do amor. Eles trabalham para trazer ao mundo um amor maior, que é o filho.
Lembro-me uma vez de ter escutado de uma médica que eu jamais poderia acreditar no parto normal como um ato bonito, que se fala "ai que lindo, que momento bárbaro", porque ela dizia ser horrível, que dói pra caramba, que saem "coisas" de dentro, que você fica larga.
Nunca discordei tanto desta afirmação. Coitada dela que fez duas cesáreas e nunca passou pelos maravilhosos momentos que eu passei para a Beatriz nascer.
Estou bolando um post de relato do meu parto. Vamos ver no que dá.
XO

9.1.15

Aos dois e dois

Oi gente, tudo bem? Como passaram as festas? 

Nós aqui mantivemos o nosso plano e saímos relativamente cedo na noite do dia 31. Beatriz dormiu assim que chegou em casa, acordou com os fogos e logo voltou a dormir. No dia seguinte, fomos almoçar na minha mãe e ela cochilou antes das 14h, até às 16h. Conseguimos almoçar sossegados, ou seja, foram dois dias de sucesso total :)

Estou sendo bem Pollyana com este "sucesso", porque tivemos algumas birras nestes dias e nos dias subsequentes. Como já estou trabalhando desde o dia 05, ela está ficando na minha sogra e até reclamou num dos dias que a deixei pela manhã. Vamos ver o que vai acontecer na escolinha na segunda, hahaha.

Enquanto isto, nós vamos tentando lidar com os terrible two da maneira que conseguimos e eu acabei adotando algumas medidas, digamos, facilitadoras da hora das refeições aqui em casa. A Beatriz comia de tudo e, do nada, começou a encanar com verdes e com frutas. Nem banana ela aceita mais. Suco de laranja então, nem pensar. 

Estamos devagar oferecendo as frutas e ela tem voltado a aceitar a laranja lima e o abacaxi. O que funcionou bem por aqui foram os picolés caseiros. É muito simples: faço suco de melancia, de abacaxi com hortelã ou papa de manga e coloco nas forminhas de picolé. Depois das refeições, ela toma um sorvetinho, sem açúcar, refrescante e que não dá stress nenhum. Querendo ou não, ela está comendo fruta. O de melancia faz o maior sucesso :)
Quanto aos vegetais, ela realmente rejeita se estiverem no prato. É capaz dela nem querer o arroz e o feijão dependendo do dia. O que eu tenho feito: cozinho e processo uma mistura de legumes com espinafre (bem parecido com o preparo das papinhas, mas com vegetais misturados) e misturo no feijão na hora de temperar. Eu deixo o feijão engrossar um pouco e "tempero" com a papa de legumes. Corrijo o sal e prontinho! Ela come sem saber e eu fico tranquila.

Mesmo com os legumes escondidos, o prato é sempre montado com uma salada, um purê ou com legumes/verduras refogados. Sempre apresento os verdes, para passar a lição de que está no prato, é o que tem pra hoje, se ela quiser comer. Se não quiser, eu não forço e não me estresso. O que não pode é não apresentar ou se estressar se não comer. E nem substituir por besteiras.

Outra dica, que peguei do blog "As delícias do Dudu", é incorporar legumes no hambúrguer de carne moída. Quando vou montar, misturo um pouco de cenoura ralada ou abobrinha e ela sempre aceita. Ficam bem gostosos! Acredito que dê para fazer o mesmo com Nuggets de frango, que fiz este fim de semana sem legumes, mas que ficaram ótimos, bem úmidos.

Espero que tenham gostado! Um feliz 2015!

XO