Pages

15.9.13

Enxoval no Brasil - última parte

Já falei de lojas bacanas e das lojas na internet. Agora é a hora das lojas populares, porque, afinal, os bebês perdem as roupas muito rápido e nem sempre compensa gastar tanto em roupas para o dia-a-dia. 
Em São Paulo, as lojas de enxoval de bebê se concentram na Rua Maria Marcolina, a partir do número 200, no Brás, onde é possível comprar kits de berço, lençóis, fraldinhas de boca e de ombro, até carrinhos e cadeirinhas. Os preços também variam, e por isso é importante garimpar bastante. Confesso que comprei lençóis bordados e com aplique de bordado inglês, em percal 200 fios, por mais de R$ 80, o que não é exatamente uma barganha, mas é barato se considerarmos a qualidade do produto (que não vai estragar depois de duas ou três lavagens). 
Algumas dicas úteis antes de passarmos às lojas: 
1. Vá antes do 6º mês de gravidez, porque você vai andar bastante. 
2. Leve ajuda, seja mãe, tia, sogra, prima, amiga, mas nunca, nunca, o marido. 
3. Leve uma quantia em dinheiro vivo, porque muitas lojas dão desconto se a compra for grande e o pagamento em dinheiro. 
4. Procure ir de carro ou de táxi, porque as compras costumam ser volumosas. 
5. Peça para abrir as embalagens de lençóis, fraldinhas, bodies e mantas e sinta a qualidade do tecido. É macio? Pinica? Pergunte se pode lavar na máquina e se dá pra usar a secadora. 
6. Se você puder, vá durante a semana que é mais vazio, e chegue cedo. Eu fui no sábado e chegamos antes das oito da manhã (rapaz...).
7. Marcas que são boas: bodies da KorteRekorte, Petutinha, Bicho Molhado (babador da foto), Best Club e TipTop (lógico); fraldas Cremer e MinasRey Têxtil; Colibri para lençóis, toalhas e paninhos em geral; Biramar e Laura Ashley (são do mesmo fabricante, mas aviso: peça para abrir a embalagem e sinta a qualidade antes de comprar); mantas da Mantra;
8. Roupas fofas e em conta: Milon, Noruega Baby e Paraíso Moda Bebê; sapatos Bebe.com e Pimpolho;
As lojas onde mais comprei (entrei em outras, mas nestas arrematei a maior quantidade de itens):
Bebê Magazine (n. 299): itens básicos, como fraldinhas, panos de boca, toalhas de fralda e toalha de banho. 
Picolino Baby (n. 385): comprei muitos bodies nesta loja, daqueles brancos básicos tipo underwear, de manga longa e manga curta.  Também comprei meu amado kit de berço branco, com bordado inglês, por uma bagatela. Isto foi difícil de achar, porque, aparentemente, todo mundo quer kits com ursinhos, rosinhas, florzinhas, carrinhos, e eu sou clássica, queria branco, com bordado inglês, e pronto.
Bambini Baby (n. 384). comprei um conjunto de lençol bordado lindooo nessa loja e bodies de verão muito fofos, além de uma almofada de amamentação branquinha, sem frufrus. Eles têm portas de maternidade e lembrancinhas bem lindas, vale olhar. 
Fora do circuito Brás-Bom Retiro, há algumas lojas na Rua Teodoro Sampaio, antes da Rua Domingos de Moraes, com preços bem competitivos e mais vazias. Comprei numa dessas lojas os babadores "semaninha" da Colibri, que são plastificados atrás e perfeitos para esta fase da Beatriz, em que ela baba o dia todo...
Também recomendo a visita ao setor de bebê da Renner, do Extra (macacão de soft com pezinho da foto) e do WalMart (sim, do WalMart, onde você vai achar macacões lindos da Disney em soft por menos de 50 dilmas, e do Extra, com babadores de pano dupla face bem legais e até casaquinhos fofos). E, lógico, à Feira da Gestante, Bebê e Criança, mais uma vez sem o marido, para ele não te matar... rs
Espero que tenham gostado!
XO



5.9.13

Alimento bem a minha filha, e daí?

"Não, a Beatriz não come doces. Nem bolacha sem recheio". 
"Ela nunca provou açúcar refinado. Nem mascavo, nem cristal, nem orgânico".
"Não pode dar mel nesta idade, por risco de botulismo."
"Refrigerante? Nunca. Nem guaraná."
Já perdi a conta de quantas vezes eu já repeti as frases acima, inclusive para familiares. E quantas vezes fui chamada de xiita, radical, ecochata, entre outras. Pergunto: qual o problema em querer cuidar da alimentação do bebê? Em criar uma cultura sem doces, ou em que a "porcaria" é exceção?
Aparentemente, há muitos problemas nisso, porque parece que eu quero que minha filha viva numa "bolha", recheada de produtinhos orgânicos, naturais, ruins, eca. Sei que o bichão vai querer comer salgadinho e tomar refrigerante, mas é nosso papel restringir essas porcarias à exceção. Fins de semana e festas, por exemplo. 
Não quero que minha filha viva de queijos processados, nuggets e danoninho. Se ela quiser experimentar e comer eventualmente estas coisas, pode, lógico, até porque seu nós proibirmos, com certeza ela vai procurar comer escondido e em grandes quantidades (experiência própria desta viciada em regime que vos fala).
O que percebo é uma cultura de julgamento. Sabe aquela máxima de "na minha casa foi assim, então pode"? Comigo não funciona assim. Se você for me julgar, se prepare para a batalha, pois vou te encher de argumentos dos dois lados do caso, até você cansar e me odiar. Ou não, ou mudar de ideia. Acontece, viu.
Vejo muitas mães que pensam como eu e não querem que os filhos sejam "aculturados" às porcarias, ao "hermeticamente fechado", à cultura da galinha pintadinha e do patati-patatá, chatos e padronizados. Sim, a criança terá contato com isto eventualmente, mas, baseada nas experiências que você lhe passar, ela poderá escolher. Ué, criança escolhe? Mas lógico. E melhor que nós.
Apenas para finalizar e para horrorizar alguns: minha filha come tofu. E adora.
XO