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26.8.15

Eu penso fora da caixa

Oi pessoal, tudo bem? 
Estava pensando em escrever um post do tipo "coisas sobre mim" e, quando vieram os itens na minha cabeça, comecei a acreditar que sou bem doida. Ou fora da caixa. 
Nunca imaginei ser normal e nunca imaginei que minha fase da maternidade chegasse perto da normalidade. Minhas amigas falam que sou fora da caixa em muitas coisas e sei que sou mesmo. Demorei para me assumir assim, doida, e gostar de mim desse jeito (imagem retirada do Tumblr). 
Vamos ver se eu não vou assustar vocês:
- eu não tenho um disco intervertebral bem na base da coluna, o que limita meus movimentos e me causa dores intensas. 
- não me convenci que isto era "impedimento" e minha mãe foi minha força para decidir pelo parto normal. Fomos num especialista escolhido a dedo, eu paguei, óbvio, e combinei que queria anestesia. Mesmo assim, fiquei quase dez horas em casa antes de ir ao hospital. 
- a Beatriz só experimentou açúcar branco e derivados com 2 anos e odiou. Hoje gosta de brigadeiro (quem nunca).
- Eu enjoei horrores de chocolate na gravidez, então deve ser por isso que ela prefere salgados. Ela já comeu feijoada, escondidinho, bacalhoada, camarão, lula, virado, etc. 
- tenho birra de MM, nunca dei para a Beatriz e não pretendo dar. E já faz três anos que não compro salsicha! 
- fiz minha monografia de graduação sobre transgênicos e criei uma nóia com rótulos. Leio tudo em busca de traços de soja e milho. 
- gosto dos orgânicos pelo gosto, além dos benefícios, mas fico dependente dos convencionais porque as frutas orgânicas são raridade... 
- amo ovos e percorro quilômetros para comprar ovos caipiras orgânicos. Não como ovo de granja. Idem com leite, tenho pavor de leite de caixa...
- torço o nariz mesmo quando vejo bebês comendo papinha industrial ou algum porcarito do tipo Mc Donald's (ou outra super junk food) ou Cheetos. Não dou e não vou dar (apesar de ser inevitável o contato dela com estas coisas em algum momento). 
- torço o nariz para danoninho e qualquer iogurte cheio de coisas que não consigo pronunciar. Não como mais iogurte grego. 
- estou acima do peso e prefiro ficar com meus exames em dia neste peso do que me matar numa dieta. 
- sempre quando receitam algum remédio, eu pergunto se existe alternativa. Ex.: não tomei cálcio na gravidez, mas tomava leite. Empaquei na vitamina D para a Beatriz e dava banho de sol sem fralda. 
- existem remédios que não têm troca e eu tomo cinco todos os dias. Me auto-flagelo por isso... 
- amo comida japonesa tradicional e aprendi a fazer Sukiaki. Outras paixões culinárias: árabe (obvs) e mexicana. 
- frustração de mãe: Bi parou de comer do nada macarrão à bolonhesa. Eu choro até hoje. E ela rouba batata palha do prato "da papai"... Mais choro...
- vou fazer o desfralde dela só depois dos três anos. Não faz sentido cobrar isto de um ser que ainda não tem consciência corporal. E ela não é um cãozinho em treinamento, tá. 
- nós deixamos a Bi dormir na nossa cama. Ela é levada à cama dela, mas se ela acorda assustada ou às 3h da manhã, não a levamos de volta, pelo simples motivo de que todos os seres humanos (inclusive os pais) precisam dormir bem.
- continuo jogando World of Warcraft com certa regularidade e uso os pets para ensinar os nomes dos bichos para a Beatriz. É só ela sentar no meu colo para falar "tatinho" (gatinho).
Bem, acho que por enquanto é isso. Vocês têm um lado "fora da caixa"?
Espero que tenham gostado!
XO

6.8.15

Semana de amamentação e dia dos pais!

Oi pessoal, tudo bem?
Alguém consegue acreditar que já estamos em agosto? E que semana que vem já é meu aniversário? :O 
Pois é, julho passou voando, e nem podemos dizer que houve inverno, porque as duas últimas semanas têm sido especialmente quentes e áridas em Sampa. Minha pequena Minion tem tossido bastante e estamos fazendo inalação para não deixar este catarro todo grudar e evoluir para algo pior...
Falando nos Minions, esta é a nossa novidade: já passamos quatro vezes na fonoaudióloga e a Bia tem falado palavras novas, mas ainda nada quanto à construção de frases inteligíveis. Ou seja, estamos ainda na fase minion da fala (uma frase com apenas uma ou duas palavras inteligíveis). Em se tratando de terapia, sabemos que o progresso é lento e temos de ter bastante paciência. Estou estudando uma mudança na rotina dos dias de terapia para vermos se ela "vai melhor", rsrs.
Mas não é só disso que quero falar. Quero comentar com vocês rapidamente sobre a semana de aleitamento materno, que termina no dia 07.08 e visa promover e incentivar a amamentação.
Eu já contei aqui para vocês que não consegui amamentar porque não tive leite. Da mesma forma que ele desceu, ele sumiu. Suspeitam, inclusive, que seja uma das consequências da Síndrome de Hashimoto, doença autoimune que carrego e que provoca a inutilização dos hormônios da tireóide. É uma suspeita.
Se eu pudesse, eu teria amamentado... bem.. até hoje. Eu estaria amamentando até hoje. Acho maravilhoso todas as mulheres que tiveram toda a estrutura familiar e profissional para amamentar seus filhos até quando estes não quiseram mais. A legislação brasileira prevê que as lactantes têm direito a intervalos para amamentação - mas nós sabemos que isto não acontece. A licença maternidade é pensada justamente por causa da amamentação e nós sabemos que até os enormes seis meses são insuficientes se pensarmos que o leite materno é essencial até os dois anos. 
E eu? Bem, eu nunca amamentei exclusivamente a Beatriz e confesso que carreguei esta culpa por bastante tempo. Afora os julgamentos, os "aponta-dedos", os xiitas de plantão... O peito sempre foi o aconchego e é até hoje. Ela deita e se aconchega e pronto.
Mas sabem o que também tem este efeito? O colo do pai. Torçam o nariz se quiserem, mas o meu marido virou a "ama-seca" e dava a mamadeira antes de dormir. No colinho do papai, nossa bebê gigante recebia o mesmo aconchego do peito (vazio) da mamãe, resultando num vínculo (por quê não?) umbilical, maternal. Também resultou em algumas cenas bem curiosas...

Sim, o leite materno é o único alimento de que o bebê precisa até os seis meses de idade e a amamentação fortalece o vínculo mãe-bebê. Mas e quando a mãe não tem leite ou não pode amamentar? Vamos fortalecer o vínculo com o pai, então? 
Passada a fase da ama-seca, "nossa papai" dá banho, coloca para dormir, desenha, brinca de boneca, divide a comida (nesse caso, ela furta a comida dele, enfim).
Feliz dia dos pais!
Espero que tenham gostado!
XO