Meu corpo, minhas regras.
Faz um tempo que "o caso Adelir" tem causado certo furor nas redes sociais, porque uma gestante foi obrigada por decisão judicial a ter seu filho por cesárea, quando insistia no parto normal. Eu tenho ainda muitas indagações jurídicas sobre esta decisão, mas, na época, me manifestei no Facebook a favor da parturiente, de que lhe devia ser garantido o direito de escolha. Meu post foi massacrado pela "comunidade médica do meu Facebook" e eu acabei deletando a minha opinião.
Agora, a polêmica retorna com um texto da Tati Bernardi (aqui), no qual ela diz não querer mais ver em sua timeline fotos de mulheres em partos vaginais. Para se referir à vagina, ela usa xota, xoxota, prexeca e aí vai. Afora o mau gosto na escolha das palavras (na minha humilde opinião), as redes sociais entraram em polvorosa porque, em tese, a moça se posicionou contra os partos vaginais e contra o compartilhamento destas experiências em fotos pra lá de explícitas.
E fica todo mundo em torno da vagina. Vagina isso, vagina aquilo, vagina, vagina, vagina. Mais parece um episódio de Fashion Police, rs (amo Joan Rivers).
Sério, por que a comediante não usa a palavra vagina? É vergonha? Medo? Banalização da parte? Se era para ficar engraçado, ficou é muito feio. Texto feio, banal, ridículo, sem função, sem graça. Ela não me pareceu contra o parto normal e nem machista, ela simplesmente chamou de banal ou desnecessário o compartilhamento deste tipo de imagem na internet.
Pelo que entendi, ela acha a imagem tão "desnecessária" (no sentido de "too much information", se roubarmos a expressão do inglês) quanto eu acho das fotos compartilhadas de tortura de animais. E sabem o que eu faço? Uso a ferramenta do Facebook "Não quero ver isso". E sigo a vida.
A "moça" preferiu se valer de um jornal para se valer desta ferramenta. E o pior: ela foi paga para isto! Como tem gente ridícula neste mundo!
Vontade de encher a página dela com fotos de um momento tão maravilhoso como este que é o parto normal, que hoje é uma das maiores expressões do direito de escolha da mulher quanto ao seu corpo. Eu escolhi o que fazer com o meu corpo: ter minha filha pela vagina.
Viu, o Tati Bernardi, vagina, vagina, vagina, vagina!!!
#prontofalei
P.S. Eu acho super legal quem tem e compartilha fotos deste momento. DO MOMENTO. Eu não tive coragem, sou puritana, "cagona" (oops), podem até dizer.
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