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28.11.13

A "moda" da amamentação exclusiva

Desde que li o texto publicado num blog da Revista Pais & Filhos, estou me degladiando se devo ou não comentar alguma coisa sobre o assunto. O post polêmico foi retirado do ar após muitas mães esbravejarem nas redes sociais que o texto defendia a introdução da fórmula artificial ao invés do leite materno. Realmente, eu achei o post meio agressivo. Leiam este trecho:
"Aqui na Terra tem uma coisa chamada “moda”. Todo mundo se influencia por ela. A moda faz as pessoas mudarem de ideia e acreditarem no extremo oposto do que acreditavam antes. É assim, dependendo da moda você logo muda de idéia. A moda depende do lugar, da época e não sei mais do quê, mas serve pra tudo: eu já vi para comida, roupa, educação. Isso só em três semanas, então é seguro que sirva pra mais coisa.
Tô dizendo isso porque aqui onde nasci, no Brasil, está super na moda amamentar! Então a maravilhosa invenção do leite em pó anda malvista… E nem passa pela cabeça da minha mãe – que, infelizmente, se influencia pelo o que pensa a maioria – que eu seria muito mais feliz se ganhasse, depois do peito, um pouquinho de leite em pó."
Como vocês sabem, participei da campanha "Culpa, Não" desta mesma revista, no mês justamente dedicado às mães que não conseguiram amamentar exclusivamente. Até escrevi sobre isto, na tentativa de ser uma voz contra o preconceito que existe contra as "mães de fórmula". 
Mas sei que meu problema foi diferente. Eu nunca escolhi não amamentar. Ah, quem me dera não ter tido problemas, porque eu tive apoio, sim. Minha mãe me apoiou, meu médico e, principalmente, meu marido. Tive toda a assistência de que precisei, mas ninguém naquela época sabia me explicar porque meu leite não desceu. Afinal, nas primeiras semanas, enquanto não estava amamentando, ficava lá com a bombinha. E meu parto foi normal, a termo.
E é lógico que depois que a bebê não ganhou peso e apresentou níveis baixos de açúcar, ninguém se opôs ao NAN (pausa: não sei se todo mundo sabe disso, mas bancos de leite são de difícil acesso em São Paulo. Até onde sei, o parco estoque é reservado para bebês prematuros e mães de baixa renda. Ou seja...).
Hoje tenho um bebê saudável, ainda bem, mas sempre me questionei o porquê do meu leite ter demorado a descer e, depois, da incapacidade do meu corpo de produzí-lo. Descartado o problema nos dutos mamários e algum tumor doido, resolvi esquecer disto, apesar de bem incomodada com a situação (até me arrependi um pouco de ter saído na reportagem, ainda mais depois deste texto ridículo).
A Beatriz desmamou e resolvi retomar o controle dos meus hormônios. Descobri há seis anos que tenho doença de Hashimoto, um transtorno autoimune pelo qual meu corpo ataca a minha tireóide e isto impede os hormônios de funcionarem corretamente.
Na consulta de rotina com meu endocrinologista, contei que havia engravidado e que não tive leite e aí me surpreendi com sua reação ao ver meus exames de sangue no início da gravidez e os realizados agora, quando a Beatriz estava com sete meses. "Foi quase um milagre você ter engravidado." Hein? Fiquei bege. Pelo que entendi, meus hormônios estavam bagunçadíssimos quando engravidei e, embora o gineco tenha ajustado a dosagem do remédio, tudo se bagunça com a gravidez e com o parto. 
A falta de leite tinha um provável culpado: o Hashimoto. Quero dizer, numa mulher com hormônios normais, que funcionam como devem funcionar após o parto, não deveria haver dificuldade para amamentar, porque o leite desceria, ainda mais se o parto fosse normal. No meu caso, em que meus anticorpos veem os hormônios como inimigos, tudo se bagunça e, se um hormônio não cumpre seu papel, todo o metabolismo não funciona direito. Na opinião dele, eu deveria ter me consultado com ele durante a gravidez para ter mais chances de ter leite (mas que não era garantia por conta do Hashimoto).
Lição aprendida. Bye, culpa. Mordaça no Hashimoto. 
Bem, acho que a conclusão a que se chega aqui é a mesma do parto: informe-se. Pesquise porquê você não consegue amamentar. Há enfermeiras especializadas em relactação, bicos invertidos, rachaduras, etc. Nenhuma reportagem tem o direito de dizer que é normal desistir porque é "moda". Amamentar é essencial e se você não tem problemas de saúde, vá estudar para ver porque você não está conseguindo.
Se você amamenta, continue, não pare. É um vínculo maravilhoso, que traz benefícios incontáveis à saúde do bebê. Eu AMEI amamentar. Queria ter tido mais leite, porque confesso que mesmo depois que ela esvaziava o peito, deixava ela lá aconchegada, sugando. Muito lindo!! Choro quando lembro.
Simples assim. Pronto, falei.
XO


25.11.13

As mentiras que os médicos contam

Todo mundo mente, é do ser humano, mesmo que se tratem de pequenas mentiras, aquilo que os falantes da língua inglesa chamam de "white lies". São as mentiras que, na teoria, não machucam, e que servem até para proteger a pessoa de um sofrimento maior.
Este post é bem um alerta sobre estas mentirinhas aparentemente inofensivas, que são até socialmente aceitas por alguns. Antes de começar a tratar especificamente do assunto, quero já deixar claro que não sou médica, nunca estudei medicina e odiava biologia na escola. Tive Biodireito e Medicina Forense na Faculdade e confesso que até gostava, mas jamais, nunca, posso dizer que tenho algum tipo de conhecimento em medicina.
Mas sou advogada, paciente e, agora, mãe, então penso que um alerta é algo que posso dar. 
Todo mundo sabe que o índice de cesáreas aumentou absurdamente no Brasil e no mundo todo. E todo mundo também sabe que a maioria destas cesáreas são denominadas "eletivas", ou seja, são agendadas por simples conveniência do médico e da paciente. 
O que os médicos às vezes não revelam e a gestante acaba não se dando conta é que a cesárea é uma cirurgia abdominal. Ou seja, você vai tomar anestesia, vão abrir sua barriga, remexer no seu útero e no que estiver em volta, para retirar o bebê e a placenta. E, como toda a cirurgia, há um período de recuperação beeem mais longo e geralmente dolorido. Afinal, há cortes, pontos e remexidas internas envolvidas. 
Daonde eu tirei isso? Do Dr. Google, que me levou a um artigo da Mayo Clinic, um dos hospitais mais renomados do mundo, onde inclusive euzinha já me tratei (isto fica para outro post, rs).
Neste artigo, bem objetivo por sinal, a equipe alerta para as cesáreas realizadas antes da 39ª semana de gestação, quando o bebê não está totalmente "pronto" (parece que estou falando de bolo, rs). Aí eu pergunto: quantos de vocês já ouviram grávidas contando que suas cesáreas foram marcadas para a 38ª semana? Ou que "ah, meu médico não deixa passar das 38 semanas"? Ou, pior, "meu médico não deixa que o bebê passe dos 3kg".
Aí eu me questiono, dentre os outros milhares de estudos falando a mesma coisa do artigo da Mayo: quem tem razão? E sequer podemos culpar a coitada da gestante, que acaba confiando piamente no médico...
Então, vai o meu alerta: questione! Informe-se! Pesquise! A internet está aí para isso. Veja se no seu caso é realmente indicada a cesareana! É seu direito como paciente obter todas as informações necessárias antes que se decida pela intervenção ou não. Se você faz questão de parto normal e você está em condições médicas para isto, insista, procure outra opinião. Tudo pelo seu bem e pelo bem do bebê.
Estou aqui falando e falando e deve ter gente pensando "ah, tá na cara que ela fez cesárea, ainda daquelas com lipo no final". 

Não, não fiz. Escolhi médico defensor do parto normal e passei a gestação toda treinando para isto e rezando para a bebê não resolver se sentar no colo do meu útero. Fiz yoga, controlei meu peso, regulei minha tireóide e cheguei saudável (mas cansada) às 41 semanas.
Até hoje muitos me criticam e falam o quanto seria arriscado esperar tanto. Ué, não entendo... se a gestação dura 42 semanas, por que antes seria arriscado? E a dor? Sim, fiquei exatas 10 horas com contrações até tomar anestesia (pausa para críticas). "Ah, mas você tomou anestesia, que fácil". 
Fácil? Fique 10 horas com dor e depois me conte. Resultado: parto normal de um bebê muito saudável, com APGAR 10, de 3kg560g e 50cm. Estava andando no mesmo dia e, no mês seguinte, voltei ao trabalho e ao resto das minhas atividades normais.
Admiro, e muito, aquelas que têm o chamado "parto natural" ou humanizado, sem anestesia. Eu confesso que não sou tão corajosa e gostaria de ter esta força de leoa.
Fica, aí, o meu alerta: questione e pense em você e no seu bebê.
XO

19.11.13

Decoração de festa: algumas dicas

Oi gente, tudo bem?
Queria muito ter publicado antes este post, enquanto ainda me preparava para as festas de 1 ano da Beatriz, mas foi tudo muito corrido, até porque tivemos três eventos diferentes. Nós decidimos não fazer festa em buffet, porque, nesta idade, o bebê nem aproveita... ficaria no meu colo o tempo todo e depois com certeza ia querer dormir, enfim. As famílias também são grandes e ficamos pensando se compensava gastar esta grana toda para a Beatriz se irritae e não aproveitar. Realmente, não compensa.
Decidimos reunir cada família em eventos diferentes: pizza na minha sogra; bolo na minha mãe e churrasco no meu pai. Minha sogra, minhas cunhadas e as primas ficaram responsáveis pelo primeiro evento e foi tudo lindo, super caprichado. O tema escolhido foi Joaninha e a Beatriz estava até fantasiada, muito fofo!
Bem, eu fiquei responsável pelos eventos nas minhas famílias, lógico. Para a minha mãe, só bolo e lembrancinhas. Para o meu pai, bolo, lembrancinhas, brigadeiros e camafeus de nozes. Meu pai fez questão que tudo fosse com o tema do Doki, porque ele viu o quanto a Beatriz ama o cãozinho do Discovery Kids. 
Não sou perita em nada de festas e comecei uma busca insana na internet para forminhas, pratinhos, copinhos, modelos de tags e tutoriais de decoração. Neste post, vou falar dos artigos de decoração e dos comes.
Encomendei todos os doces na Nani's Candy e combinei as entregas nos dias de cada evento. Forneci as forminhas do Doki e as etiquetas para fechar as embalagens dos cookies, que seriam as lembrancinhas. Fizemos dois cookies por pessoa, com chocolate belga, e todo mundo amou.

Comprei os artigos do tema do Doki no Magazine25 pela internet mesmo, e chegou tudo perfeitinho, com frete mais barato do que o estacionamento nas proximidades da 25 de março. Me empolguei e comprei mini-marmitas, que os convidados encheram de doces e levaram de lembrança. Também comprei os pratinhos, garfinhos e guardanapos para o evento da minha mãe no tema joaninha, e ficou lindo. O que faltava, agora, era decorar a mesa para a festa na casa do meu pai. No dia do evento da minha sogra, vi como ficaram lindos os doces dispostos naquelas bandejas provençais e resolvi sair à caça das benditas. Isto na própria semana do churrasco. Não iria enfrentar a loucura da 25 de março, então resolvi circular pela Avenida Vautier, no Pari.
Entrei primeiro na Loja DuChapéu, onde comprei um prato para doces em porcelana de dois andares (R$ 67,10), duas leiteirinhas (R$ 6,65 cada) que funcionariam como vasos e alguns galhinhos de folhagens artificiais (entre R$ 3,45 e R$ 5,55 cada). Esta loja é sensacional e tem vááárias opções de presentes e utensílios para casa. De enlouquecer mesmo!
Andei mais um pouco e na Cindy das Flores comprei 3 bandejas provençais (R$ 30 cada), dois vasinhos provençais (R$ 5,25 cada) e dois bushinhos artificiais (R$ 2,70 cada). As peças provençais são em MDF pintado de branco, mas se você tiver tempo e comprá-las cruas, saem mais baratas com certeza. Fiz os cupcake toppers e meu pai comprou o Doki. Simples, mas bonitinho, né? E posso garantir que estava tudo muuuuito gostoso!!!
Espero que tenham gostado!
XO