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28.3.13

A escolha do pediatra

Fui reler os posts deste blog e cheguei à conclusão que posso mudar o nome para #prontofalei. Com certeza a maternidade para mim é bem diferente do que para a maioria das mães e acho que isto vai ficar cada vez mais claro à medida em que publicar outros posts com assuntos "sujeitos à julgamento". Assuntos como política e religião, que, segundo nossas mães, não devemos falar em eventos sociais.
Muito bem.
Vamos passar para a polêmica do pediatra, que eu queria, primeiro, que não enchesse minha filha de remédios e vitaminas e adotasse uma linha meio natureba, mas soubesse a hora de dar antibiótico também (para que uma simples gripe não levasse um mês para ser curada e virasse uma influenza espanhola ou bronquiolite).  
Já havia comentado com vocês que levei a Beatriz numa pediatra muito bem recomendada e que acabei trocando depois. Hoje vou explicar o porquê.
Gostei da médica quando entrei na sala, ela deu boas orientações, principalmente com relação à amamentação e à introdução do Nan (porque estava tendo dificuldades). A Beatriz já devia ter recuperado boa parte do peso perdido desde o parto, mas isto não tinha acontecido. Ela tinha ganho só 20g em 5 dias, o que era absurdamente pouco. Aí ela orientou dar 90ml do Nan Hipoalergênico, pois na minha família tem histórico de intolerância à lactose, como complemento ao seio materno.
Estava com a minha mãe e começamos a fazer algumas perguntas básicas para a médica: o que fazer em caso de cólica? Soluço? Febre? Se tiver uma emergência o que eu faço?
"Temos uma regra na minha casa que não atendemos ao celular após às 21h e nem aos fins de semana", ela respondeu. E se precisar levar ao hospital, perguntamos, em qual você atende. "Nenhum. Eu recomendo o Samaritano, mas não atendo lá."
Médico que não atende em hospital?? Ficamos bege. Explico. Pronto-socorro de hospital particular sem indicação (o quem-indica) de um médico faz com que você espere horas e horas para ser atendido. Ou seja, você é praticamente encaminhado para o SUS (ou susto, né). Minha avó caiu e minha mãe a levou ao PS do Einstein: ela ficou 3 horas sem atendimento. Após este tempo, minha mãe a carregou no colo e levou ao Hospital Sírio-Libanês, onde ela foi atendida rápido, sem stress.
Por isto, é muito importante que o pediatra atenda em um hospital de sua confiança e que o convênio cubra (é bom). 
Naquele momento, muito embora já estivéssemos orientadas quanto à alimentação, decidimos procurar outro pediatra.
Pedi indicação para a obstetriz do meu ginecologista e ela meu deu três nomes. Um era muito longe de casa. Liguei para a segunda da lista e ela só tinha horário para janeiro (estávamos no meio de novembro). Aí encontrei o meu atual pediatra. 
Fui com a minha mãe de novo e fizemos as perguntas básicas. Recomendou o mesmo com relação à alimentação e frisou muito sobre o estabelecimento da rotina rígida do bebê, com horários bem fixos das mamadas. Ele atende a qualquer hora do dia e da noite e pode indicar se precisarmos levar a bebê ao hospital, porque ele atende no Einstein (inclusive na unidade da Sumaré) e no Sírio. Só por isso já estava bem satisfeita.
Aí perguntei das cólicas e foi o que fechou o negócio: ele indicou um remédio da Weleda, ou seja, homeopatia! Eba! Pronto, Beatriz já tinha pediatra.
Nas outras consultas, acompanhamos o peso e a altura dela e ele as marca em curvas, e pudemos ter uma previsão de que a Beatriz será esguia. Também recomendou outros produtos homeopáticos para refluxo, nariz entupido, reação com vacinas.
Ou seja, uma coisa pesou muito (muito mesmo): o atendimento de emergências. Que adiante um pediatra que atende no horário comercial? Nada, pois não estou ligando para comprar uma mercadoria. É a saúde do bebê que está em jogo.
A verdade é que a homeopatia foi a cereja do bolo... 
XO  
    

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